Todo mundo que não tem um nível mínimo de intimidade com aquela pessoa com quem se relaciona, seja um amigo, familiar ou até mesmo parceiro tende a comemorar o "el día de la confesión". Esse dia é comemorado explodindo-se tudo aquilo que nos irrita na outra pessoa da maneira mais trágica possível. A outra parte por sua vez, desabafa tudo o que está sentindo e por conta disso a briga começa. Um joga na cara do outro o que deveria ter sido feito até que por fim as festividades se encerram com ódio parcial ou total das partes. Assim não é a toa que depois disso tudo se dê início a outra grande época comemorativa, " O mês do ressentimento".
Sempre me disseram que as pessoas vêm e vão das nossas vidas, mas há aquelas que sempre ficam por mais distantes que possam estar. São aquelas pessoas das quais somos íntimos, com aqueles que gostamos de repartir o que temos. São aqueles com quem podemos ser nós mesmos o tempo todo, sem podar a nossa verdadeira identidade. E sabe de uma coisa, intimidade é muito rara. Quase nunca encontramos pessoas em que possamos estar em sintonia o tempo todo. Em quem podemos confiar e com quem podemos contar. Mas é algo que precisamos, todo mundo busca o aconchego da intimidade. Estar com uma pessoa sem intimidade é uma situação sufocante e tende a terminar em El día de la confesión. Por isso agradeço a vida pelos poucos amigos com quem tenho intimidade. Sei que são poucos, porém únicos, e esses laços são eternos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário