quarta-feira, junho 13, 2007

El día de la confesión


Todo mundo que não tem um nível mínimo de intimidade com aquela pessoa com quem se relaciona, seja um amigo, familiar ou até mesmo parceiro tende a comemorar o "el día de la confesión". Esse dia é comemorado explodindo-se tudo aquilo que nos irrita na outra pessoa da maneira mais trágica possível. A outra parte por sua vez, desabafa tudo o que está sentindo e por conta disso a briga começa. Um joga na cara do outro o que deveria ter sido feito até que por fim as festividades se encerram com ódio parcial ou total das partes. Assim não é a toa que depois disso tudo se dê início a outra grande época comemorativa, " O mês do ressentimento".


Sempre me disseram que as pessoas vêm e vão das nossas vidas, mas há aquelas que sempre ficam por mais distantes que possam estar. São aquelas pessoas das quais somos íntimos, com aqueles que gostamos de repartir o que temos. São aqueles com quem podemos ser nós mesmos o tempo todo, sem podar a nossa verdadeira identidade. E sabe de uma coisa, intimidade é muito rara. Quase nunca encontramos pessoas em que possamos estar em sintonia o tempo todo. Em quem podemos confiar e com quem podemos contar. Mas é algo que precisamos, todo mundo busca o aconchego da intimidade. Estar com uma pessoa sem intimidade é uma situação sufocante e tende a terminar em El día de la confesión. Por isso agradeço a vida pelos poucos amigos com quem tenho intimidade. Sei que são poucos, porém únicos, e esses laços são eternos.

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